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Lágrimas no leito conjugal - 1ª parte

Mário Hort - 08/01/2015

A cama é o lugar mais frequentado pelos humanos. Até mesmo os homens das cavernas precisam de algum lugar para repousar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida no país é hoje de 71,3 anos. O brasileiro passa 23 anos, nove meses e sete dias de sua vida dormindo. Isso levando em conta oito horas de sono diárias.

Natalia, minha esposa, passou a maior parte de nossa vida em minha companhia. Em viagens dificilmente ela me deixou sozinho. Nos 45 anos de matrimônio, passamos 16.425 dias juntos, e durante 131.400 horas estivemos no leito conjugal. Nosso maior problema ao longo dos anos foram as conversas que não terminavam. Muitas vezes, à uma hora da madrugada, alguém precisava dizer: “Psiu, agora vamos dormir”.

Imagine se as 131.400 horas de sono fossem de desentendimentos, quantos litros de lágrimas seriam necessários para guardar as gotas “salgadas” derramadas no leito conjugal? Obviamente ninguém considera que nossa vida passou sem lágrimas! Porém, não são apenas as lágrimas que surgem pelos sofrimentos, após muito choro, chega uma época quando já não se pode chorar, e isso é ainda mais amargo.

Uma tia de minha esposa ficou cega de tanto chorar pela infidelidade de seu esposo. Ele formou outra família e ela passou mais de 40 anos na escuridão e solidão, pelas lágrimas de amargura que verteram de seus olhos frágeis.

Divórcio na cama

O divórcio não acontece na delegacia nem no consultório de algum advogado, mas na cama do casal, e nem mesmo eles admitem que já estejam divorciados.

O divórcio acontece pela separação de corpos no leito conjugal, ao cair um “raio” da boca de um dos cônjuges, que diz: “Acabou”. Esse “raio” pode sair da boca do marido ou da mulher, mas o resultado será um divórcio. Se essa frase não for reformulada com desculpas, abraços, lágrimas e um ato conjugal, o divórcio está consumado. O cônjuge que proferiu a determinação “nunca mais” ou se nega ao convívio conjugal, divorciou o seu casamento.

É óbvio que pode haver motivos que justificam essa atitude, exemplo: traição que resultou em Aids...

O divórcio acontece na cama de crentes evangélicos, católicos, convertidos, batizados, dizimistas... Infelizmente também na cama dos mais honrosos pastores, como na casa do alcoólatra mais depravado.

Quem pode entender os casais se não apenas aqueles que pessoalmente enfrentaram os desafios? É ilusão o que se dizia no fim dos filmes antigos: “Se casaram e viveram felizes para sempre”.

Um senhor suíço costumava dizer no dia das bodas de seu casamento: “Essa foi mais uma conquista árdua do meu peito”. Ele apenas esquecia que a vitória certamente também foi de sua esposa, que o suportou por mais um ano.

Ato conjugal é somente aquele que acontece nos sagrados laços do matrimônio. Esse é o maior compromisso do ser humano criado à imagem de Deus. Gen. 1:27.

Quem deseja preservar o globo terrestre deve zelar pela vida conjugal e familiar, de todas as raças, línguas e povos. O piloto é capaz de comandar uma aeronave com 500 toneladas, mas ele não tem como livrar-se do divórcio ao ouvir sua esposa dizer: “Nunca mais!”. O pastor(a) pode ser o mais piedoso(a), sincero(a) e fiel cristão, mas não tem como livrar-se do divórcio se o cônjuge lhe disser: “Esqueça para sempre”.

Estou assustado com os “rios” de lágrimas que encontramos ao iniciar as pesquisas de nosso tema. Ore conosco para que possamos evitar conflitos conjugais, que podem ser resolvidos com faculdades divinas, se Deus as concede aos que sofrem.

Mário Hort

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